Tratamento de efluentes e suas principais características

Tratamento de efluentes e suas principais características

Por mais que isso não fosse comum há alguns anos, atualmente a sustentabilidade é um assunto que tem sido alvo de debates cada vez mais intensos na esfera pública.

Isso, por sua vez, mudou a postura dos consumidores, que têm exigido que as empresas que fornecem os produtos e serviços consumidos por eles tenham a mesma postura, e incorporem a redução dos impactos ambientais causados por suas atividades como um de seus princípios operacionais.

Uma das melhores maneiras de se fazer isso – e, consequentemente, satisfazer o público – é investir no tratamento de efluentes e de resíduos.

Como o seu próprio nome diz, o objetivo dessa técnica é administrar os resíduos causados pela atividade em questão, fazendo com que seu impacto seja melhor.

A boa notícia é que, graças ao avanço da tecnologia e ao aumento da demanda, há cada vez mais maneiras de fazer isso, tornando o seu negócio um amigo da natureza.

Confira, a seguir, alguns dos componentes e técnicas que podem ser usados para fazer o tratamento de efluentes e resíduos do seu estabelecimento:

  1. Fossa séptica

Normalmente usada em residências localizadas no meio rural, onde o esgoto não costuma ser tratado, a fossa septica tem um mecanismo de funcionamento simples, mas com muito potencial para evitar que esses efluentes causem danos ao meio ambiente.

Sua função é purificar os dejetos gerados pelo esgoto do imóvel, minimizando seu impacto ambiente.

O mecanismo de funcionamento desse item é muito semelhante a um dos muitos processos de filtragem que as concessionárias de distribuição de água realizam antes de permitir que o líquido chegue ao público.

Dentro dela, a água poluída fica parada dentro de um tanque, onde ocorre um processo de decantação – ou seja, os sólidos afundam, o que, por sua vez, ajuda a purificar o líquido.

Ele, por sua vez, é enviado a um segundo tanque, depois de passar por um filtro formado por rochas, onde pode ser reutilizado ou mesmo devolvido ao ambiente.

Vale ressaltar que, devido à complexidade da estrutura, a fossa séptica preço pode ser elevado. Apesar disso, o investimento vale a pena: quando bem projetada e construída, ela pode durar décadas.

  1. Tratamento de esgoto

Além da purificação por meio da fossa séptica, há outra alternativa para reduzir o impacto dos dejetos líquidos gerados por residências e por estabelecimentos comerciais: o tratamento de esgoto feito em grande escala, por empresas públicas ou privadas.

Trata-se de um processo que pode durar até vinte dias, durante o qual são realizados procedimentos como:

  • Passagem pelo tanque de areia;

  • Passagem pelos reatores;

  • Passagem pelos tanques de aeração;

  • Passagem pelo decantador secundário.

O objetivo de todas essas etapas é tanto a remoção de bactérias que possam causar danos à saúde ou à segurança quanto de resíduos sólidos, que comprometam a qualidade da água. Por conta disso, depois que todas são concluídas, o líquido volta a ser apto para o consumo.

  1. Tratamento de resíduos industriais

As atividades de alguns ramos da indústria podem gerar resíduos muito específicos, que, por sua vez, podem não ser neutralizados por processos de tratamento regulares.

Da mesma maneira, há a possibilidade de que a região onde o estabelecimento está instalado não conte com uma estrutura para fazer a gestão desses resíduos.

Em situações como essas, pode ser preciso instalar uma estação de tratamento de efluentes industriais no próprio local onde a empresa funciona.

Na prática, isso significa que será preciso providenciar uma série de estruturas nas dependências do estabelecimento para que os resíduos gerados por sua atividade sejam neutralizados.

Isso pode envolver desde processos físicos simples, como a decantação, como a armazenagem permanente daqueles que não puderem ser descartados na natureza com segurança, como os restos radioativos.

Como os procedimentos que podem ser necessários para tal são vários, também há diversos equipamentos e técnicas que podem ser usados com essa finalidade.

Um deles é a estação de tratamento, mais conhecida, simplesmente, como ETE. Dentro dela, acontecem todos os processos necessários para purificar água contaminada, mas de uma forma mais sofisticada do que no caso da fossa séptica.

Assim, a água resultante desses processos pode ser tanto devolvida à natureza quanto reaproveitada pelo próprio estabelecimento. Deste modo, a ETE compacta ajuda a evitar tanto sanções do poder público quanto problemas de imagem perante o público.