Entenda os processos ambientais para sondagem de solo
A sondagem de solo é o estudo feito sobre os tipos de solo existentes em uma determinada região. Olhando o solo de um determinado lugar podemos descobrir alguns dos aspectos dele.
Ao examinar a granulosidade do solo podemos definir seu tipo, ao observar sua cor podemos obter pistas dos componentes químicos que o formam, ao remexer a terra podemos observar também a umidade e até a salinidade.
Contudo, o solo é constituído por camadas e, embora saibamos do que é feita a camada superficial, não sabemos o que há por baixo dela – e quanto há.
É uma situação similar a um lago de águas turvas, pelo local, temperatura, e outros aspectos você pode imaginar o que tem nas profundezas, mas não pode ter certeza apenas de olhar.
Sendo assim, é necessário fazer um estudo de solo para saber a composição do solo onde se está.
Como é feita a perfuração de solo?
A perfuração de solo é um método muito eficaz no estudo do solo. Nesse método, usa-se um perfurador de solo cilíndrico e oco, por dentro. O papel desse perfurador é entrar no solo e perfurar o tanto necessário para a sondagem.
Depois de penetrar a profundidade necessária, ele possui um mecanismo que tampa a ponta inferior, impedindo que a terra que está dentro do espaço oco, escape.
Então o tubo é retirado e, preso nele, está a amostra de solo recolhida.
Além de mostrar os tipos de solo presentes, esse método também revela a quantidade do tipo de solo e a profundidade em que se encontra, pois o tubo acaba sendo como uma régua de medir.
A broca funciona como uma régua para a amostra de solo, ajudando a identificar os tipos de solo e a extensão de sua camada.
Se a broca perfurou 10 metros abaixo da superfície, quando a tampa se fechar e ela voltar à superfície, o solo da ponta será correspondente ao mais fundo, e o da parte de cima, será correspondente às camadas da superfície.
O tamanho das faixas de solo ficará evidente no tubo e corresponderão, diretamente, ao tamanho da faixa no solo.
Processos que necessitam de sondagem de solo:
- Construção de edifícios;
- Construção de estruturas;
- Mineração;
- Extração de petróleo;
- Extração de gás natural;
- Construção de aterros.
Sondagem de solo nos processos humanos
1. Construção de edifícios
Antes de construir um edifício é necessário saber se a área onde se vai construir é segura.
Ainda que haja um solo adequado para o lançamento de alicerces, é importante saber se não há perigo de o terreno ceder, ou mesmo de acontecer um deslizamento.
Tudo isso é possível de prever com uma sondagem de solo, que mostrará os tipos de solo abaixo da edificação, e a presença de galerias, mananciais, lençóis freáticos e outros fenômenos geográficos.
2. Construção de estruturas
Para a construção de qualquer edificação, incluindo estradas, túneis e pontes, é necessário o uso de estruturas e alicerces.
Deste modo, para que as edificações permaneçam firmes, essas estruturas e alicerces precisam ser estruturados em rocha firme. E a sondagem de solo serve para dizer onde, ou seja, em que profundidade está essa rocha.
A sondagem também indicará a umidade e a salinidade do solo, o que é importante para se considerar as medidas de proteção contra desgaste dos alicerces.
3. Mineração
Alguns tipos de relevo geográfico são indicadores de minérios.
Todavia, antes de começar qualquer atividade extrativista em relação à mineração, é necessário fazer uma sondagem de solo antes, para ter uma ideia melhor do que será encontrado e, assim, não haver erros – que podem ser, extremamente, prejudiciais ao orçamento da mineradora e à vida das pessoas.
4. Construção de aterros
Para construir os aterros sanitários é necessário fazer uma sondagem de solo, para garantir que aquele é o local adequado e que não contaminará lençóis freáticos e mananciais.
Em obras desse tipo, o laudo tecnico ambiental é necessário para saber se os danos e impactos ao meio ambiente estão dentro dos limites considerados aceitáveis.
Sem um estudo de solo e gestão ambiental, os efeitos da construção desorientada podem ser catastróficos em nível de prejuízo para a empresa e possíveis danos ambientais – como temos, infelizmente visto.
Só o profissional de engenharia ambiental pode dizer, com certeza, os riscos diretos e indiretos, e atestar se o procedimento está dentro ou fora dos limites aceitáveis.