Como é feito o transporte dos resíduos hospitalares?

Como é feito o transporte dos resíduos hospitalares?

Existem alguns tipos de lixo que não podem ser misturados com os restos comuns, pois eles oferecem alguns resíduos tóxicos e contamináveis, que podem acabar resultando em grandes problemas àqueles que entram em contato com eles. Por conta disso, é necessário fazer uma separação rigorosa, evitando os possíveis acidentes no futuro.

Esse é o caso do lixo produzido pela área da saúde. Todos os serviços relacionados a hospitais e farmácias são extremamente importantes para a nossa sociedade, porém eles produzem diversas formas de lixo que podem ser prejudiciais não apenas aos seres humanos, mas também a todos os seres vivos, em geral.

Dependendo do nível de contaminação, pode haver, até mesmo, a morte de algum ecossistema.

Entre os materiais que exigem certo cuidado na hora de fazer descartes estão:

  • seringas;

  • agulhas;

  • frascos;

  • ampola;

  • luvas cirúrgicas;

  • instrumentos usados em cirurgias e operações;

  • ataduras e algodões usados;

  • cateteres e tubos;

  • qualquer coisa que tenha entrado em contato com sangue ou secreções.

Desta forma, os hospitais e farmácias não podem simplesmente jogá-los na cesta de lixo comum. É preciso colocá-los separados em uma caixa de descarte e acionar o serviço de coleta de lixo hospitalar, pois os profissionais desta área saberão como manusear estes restos e aonde levá-los para que eles possam ser devidamente descartados.

 

Como é a classificação?

 

Para entender melhor como funcionam estes produtos, é necessário entender como é a sua classificação. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabeleceu 5 grupos diferentes para poder separar melhor os produtos perigosos e saber como transportá-lo. São eles:

  • Grupo A – formado pelos resíduos que possam ter a presença de um tipo de agente biológico, sendo ele infectante ou não;
  • Grupo B – quando existem materiais formados por agentes químicos que são capazes de prejudicar a estabilidade não só da saúde pública, mas também do meio ambiente;
  • Grupo C – resíduos que apresentem altos níveis de radiação;
  • Grupo D – lixos produzidos através das atividades humanas, como papel higiênico e absorventes;
  • Grupo E – materiais cortantes ou perfurantes, como agulhas, bisturis, tesouras hospitalares, entre outras coisas.

 

Antes mesmo de acionar a ANVISA e pedir o envio de um serviço para realizar a coleta seletiva é preciso ter consciência de qual é o tipo certo de produto que está sendo enviado e se eles foram devidamente separados. Eles devem ser armazenados em caixas de contenção, facilmente encontrados em lojas de materiais cirúrgicos.

 

Como é feito o transporte?

 

É importante entender que os próprios funcionários de hospitais, clínicas e farmácias não podem realizar o serviço de transporte de produtos perigosos, pois isso pode trazer grandes danos à saúde de cada um deles.

Precisa-se contratar uma empresa de transporte de resíduos para fazer este trabalho, uma vez que eles contam com toda a estrutura e suporte para este tipo de atividade, sem oferecer riscos aos profissionais encarregados.

A começar pelo veículo, todos eles devem contar com sinalização e indicação de que ele está transportando produtos contamináveis, ou radioativos, ou inflamáveis.

Tudo vai depender de sua categoria correta, mas, de qualquer forma, essa sinalização é importante e faz parte do kit de emergência para produtos perigosos.

Essa sinalização é importante, pois o transporte desses produtos, principalmente quando chegam a âmbitos rodoviários, deve ser feito com muito cuidado.

Acidentes envolvendo veículos que fazem esse transporte podem ser fatais para o meio ambiente e para as pessoas que vivem na região, uma vez que isso pode ocasionar em contaminações, explosões, entre outras coisas.

Além disso, a caixa de contenção deve ser transportada dentro de uma cabine isolada, evitando o contato do motorista com os materiais transportados por ele.

O profissional responsável pelo transporte deverá estar devidamente uniformizado e utilizar todos os equipamentos de proteção individual (EPIs), como as luvas de borracha, para evitar que os itens cortantes possam perfurar as embalagens e acabar infectando as suas mãos.

O não cumprimento de todas as normas necessárias para o descarte correto e consciente de resíduos hospitalares e perigosos pode levar ao recebimento de multas, também podendo causar o fechamento do local até que tudo esteja estabilizado.

A ANVISA visitará regularmente o local para conferir se as caixas de descarte estão devidamente instaladas no estabelecimento e, ainda, verificarão se está havendo periodicidade no envio destes produtos através das empresas de transporte.