A distribuição de água potável nas regiões do nordeste
Não apenas como uma solução paliativa para a seca, os caminhões pipa, que armazenam água potável, podem servir para diversos fins.
Seja um caminhão pipa para encher piscina comum, ou um veículos desses como uma solução para ajudar famílias inteiras que necessitam de um abastecimento de água feito de forma não convencional.
Logo, vemos que o caminhão pipa pode ser uma ótima opção para diversos tipos de necessidade.
A região nordeste do Brasil sofre regularmente com a seca. Estados inteiros decretam emergência por causa da seca prolongada.
Animais morrem, famílias inteiras ficam desidratadas e precisam andar quilômetros para achar um simples balde de água.
Plantações morrem e falta alimento para a população. Algumas famílias, já se preparando para tempos difíceis, constroem cisternas ou fazem uso do aluguel de caminhão pipa.
O problema de abastecimento de água no nordeste é constante, mesmo a região possuindo o maior volume de água represada em regiões áridas do mundo – cerca de 37 bilhões de metros cúbicos.
Falta um sistema de distribuição adequado para os locais que necessitam de água o quanto antes.
A utilização do carro pipa nessa região do país é mais do que corriqueira. Isso se dá para que exista uma solução, mesmo que temporária, para atender às necessidades básicas da população.
Causas da falta de água no nordeste brasileiro
Sobre a escassez de água no semiárido nordestino, há um histórico de promessas políticas não cumpridas e é um problema que demanda soluções urgentes.
Dentro desse contexto, há papéis a serem desempenhados por agências governamentais comprometidas com a causa.
É necessária uma maior organização dentro das prefeituras na hora de responder a pedidos de ajuda.
Por se tratar de um problema antigo e crônico, é preciso reconhecer que as políticas adotadas até então não foram eficazes.
Além da rede de abastecimento de água, outros fatores como cobertura de rede de esgoto, número de janelas por cômodo e ambiente domiciliar estão diretamente relacionados com a qualidade de vida das pessoas.
O conceito moderno do direito à saúde engloba temas como acesso a água potável e saneamento básico. Como reduzir as iniquidades sociais para melhorar o abastecimento de água é um desafio a ser batido.
São necessárias não apenas medidas de combate a estiagem, mas também propostas que forneçam estrutura às pessoas que enfrentam a seca.
Um exemplo de política bem-sucedida é o Programa Água Doce, que transforma água salgada em potável, ajudando a população de baixa renda em comunidades difusas a se manterem em condições de saúde mais satisfatórias.
Outro exemplo é o projeto de transposição do rio São Francisco, por exemplo, que consiste em abastecer famílias das regiões mais secas com as águas do rio. No entanto, as obras não tiveram continuidade e o projeto foi se desgastando.
Existem outras possibilidades para diminuir as complicações de abastecimento no nordeste brasileiro, como a construção de mais cisternas e barragens subterrâneas, que precisam de menos investimento financeiro do que a transposição do rio.
A região nordeste é a que apresenta os menores índices de chuva do Brasil. Isso se deve ao calor excessivo na região, pois as chuvas derivam-se de frentes frias, que são mais características no sul e sudeste.
A seca no sertão acontece porque, nos meses em que deveria chover, de dezembro a abril, há escassez.
Longos períodos de estiagem provocam fome e sede na região nordeste, dificultando a pecuária e o cultivo.
O clima semiárido dificulta a proliferação de plantas; as únicas que sobrevivem são as que armazenam água no caule e nas folhas, como os cactos.
Os sistemas de armazenamento de água potável são muito importantes para os moradores do nordeste.
É preciso haver investimentos para propiciar subsistência às famílias que sofrem com a seca constante.
Soluções
Os projetos de abastecimento de água potável, em geral, devem atender às seguintes soluções:
- Fornecimento de água potável em caminhão pipa;
- Aumentar os suprimentos sustentáveis de água para usos múltiplos;
- Melhor eficiência do sistema integrado de gestão de recursos hídricos;
- Reduzir a vulnerabilidade das populações de baixa renda à seca cíclica por meio de melhorias na gestão das estruturas institucionais, jurídicas e administrativas, dando ênfase a mecanismos de gestão participativa;
- Recuperar e construir uma nova infraestrutura hidráulica destinada à gestão integrada de bacias fluviais;
- Implementar e divulgar tecnologias mais eficazes de uso e gestão de recursos hídricos, bem como educação, informação e treinamento do público em geral e de usuários de água com vistas a um uso eficiente da água, gestão da demanda e redução de desperdícios;
- Promover a gestão adequada de microbacias críticas e recursos de águas subterrâneas aumentando a área coberta por vegetação e controlando o escoamento e a erosão, bem como desenvolvendo a gestão de aquíferos e planos para a zona de reabastecimento.